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Previsão de postagem para a segunda quinzena de julho.
 
Essa imagem da carta d'A Cobra nasceu da vontade de resgatar a potência desse símbolo para além da traição e do perigo. Aqui, escolhi retratá-la em uma árvore — ancestral símbolo do conhecimento — e ladeada por um arco-íris que não está ali por acaso: essa composição evoca Oxumarê, o Orixá serpente-arco-íris, entidade que se manifesta tanto no gênero masculino, quanto no feminino e carrega o poder da transformação, da dualidade, do ciclo entre céu e terra.
 
Essa carta fala sobre desejo, magnetismo e também sobre a própria sexualidade. A serpente perolada de olhos cor-de-rosa fala de um erotismo que não é apenas carne, mas também energia criativa, sabedoria corporal e transmutação. Ao posicioná-la entre raízes e céu, quis retratar o arquétipo d'A Cobra como aquele que sobe e desce os mundos, unindo polaridades e mostrando que a cura também passa pelo corpo — e que o veneno pode ser remédio, quando usado com intenção.